quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Livremente presa.

  Aproximas-te , afasto-me ainda não me confrontei com o que foste capaz de me fazer. Seguras-me na mão, ainda estou a tremer. Mexes-me no rosto implorando-me perdão. Não tenho forças para chorar, nem capacidade de te voltar a aceitar. Só desejo sair a correr, mas sinto-me presa a este chão. Olho o relógio, encontra-se imóvel, o tempo parece não passar. Ainda tenho a tua imagem , paralisada à minha frente. Sinto a face a arder , pouco me importa, nada se compara a esta dor. Tudo  nossa volta está intocável, sinto cada batida do meu peito , como se fosse a última. Estragaste tudo!


 A tua mágoa não me serve de nada, apenas me é insignificante. Eu não consigo que esta dor me largue. Estou petrificada . Fui fortemente magoada, terrivelmente desiludida !
Por favor deixa-me partir...