terça-feira, 30 de novembro de 2010

Eu quero seguir.

Leva-me para onde quer que tenhas ido.
Deixa-me seguir o teu rasto. 
Caminha devagar , para eu te puder acompanhar.
Por favor nao pares, não aguentaria outra espera.
Não corras, não suportaria esta dor.
Devagar, lentamente, prosegue.
Não olhes para trás, a visão não é agradável.
Por favor, imploro-te que vás.
Irei contigo até onde aguentar.
Saberei como e quando te deixar seguir sozinho.
Mas até lá vou te acompanhar.
Cuidarei de ti, como se fosses o ser mais sensível á face da terra.
A vida nuca te foi fácil, eu sei disso.
Não queiras ser o meu defeito, mas sim a minha virtude.
Continua, devagar, mas continua.
Trata-me mal, atira-me com um pedregulho.
Mas por favor , não me deixes.
Não suportaria essa dor.
Sou um ser pequeno, frágil, tal como tu.
Não te causarei nenhuma dor.
Admiro-te, por seres corajoso.
Continuas a andar.
Sorris-me , retribuo-te.
Fazes-me sinal com a cabeça para te seguir.
Não sei como te dizer.
Não há perigo, apenas obstáculos.
Sussurras-me  " não sabes a importância que tens para mim" .
Faço-me de difícil , e digo-te que não acredito.
De mansinho afastas-me o cabelo do rosto, e voltas a sussurrar :
" És a protagonista dos meus sonhos,
 habitante do meu pensamento "
Nunca me pediste para ficar, porque havia de o fazer?